Lançamento de aplicativo de transporte por moto pode amenizar problemas de mobilidade da capital

TMOVE cadastra motociclistas para transporte de mercadorias e passageiros; o serviço visa diminuir em até 50% o tempo do trajeto percorrido por meio do transporte por moto, além de amenizar os efeitos negativos da quantidade de carros no trânsito; app é também uma ótima oportunidade de emprego no difícil momento de crise enfrentado pelos brasileiros

O aumento dos congestionamentos devido ao grande número de veículos nas cidades acarreta prejuízos que vão além da demora para se locomover em horários de pico, pois geram mais poluição e aumentam o tempo de deslocamento das pessoas para o trabalho, impactando na qualidade de vida da população. Isso pode ser constatado com o crescimento da frota de veículos em circulação em Belo Horizonte em 98% nos últimos dez anos, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), que saltou de 866.304 veículos, em março de 2006, para 1,7 milhão de veículos no ano passado. Para minimizar esse problema uma das soluções é incentivar o transporte por meio das motocicletas que ocupam menos espaço nas ruas e agilizam a locomoção. Para promover essa ideia uma solução relevante que esta chegando ao mercado é o TMOVE, primeiro aplicativo de Belo Horizonte que reúne locomoção de passageiros por meio de motocicletas e Tuc Tuc, serviço de entregas por meio de motoboy e moto com carretinha. Ainda na fase de cadastramento dos motociclistas, o app visa diminuir em até 50% o tempo do trajeto percorrido por meio do transporte por moto, amenizando os efeitos negativos da quantidade de carros no trânsito, e oportunizar uma economia nas corridas que serão de 50 a 60% mais baratas do que as opções de transporte por carros apresentadas no mercado. Segundo um dos sócios da empresa, Roberto Machado, para se ter uma ideia, Belo Horizonte é hoje considerada a 8a cidade com o pior trânsito em toda a América do Sul. “A chegada do TMOVE vem para amenizar os problemas de mobilidade da capital”, garante.

A empresa já está cadastrando os motociclistas por meio do aplicativo que pode ser baixado na App Store e Play Store. Após baixar, basta realizar o cadastro fornecendo os documentos solicitados e adicionar uma foto. Segundo Machado, esta também é uma ótima oportunidade de emprego no difícil momento de crise enfrentado pelos brasileiros. “O valor das corridas ficará 100% com os motociclistas e o pagamento poderá ser feito tanto em dinheiro quanto no cartão. Se o profissional realizar 20 corridas por dia a R$10 cada, no final do dia ele terá acumulado R$200, ou seja, no final do mês, considerando que ele vai trabalhar em dias úteis, a renda mensal será de R$4.400 bruto”, afirma. Já no primeiro mês a expectativa é de cadastrar 1000 profissionais para atender a demanda por corridas e encerrar o ano com 5000 motociclistas. Machado destaca que como incentivo nos três primeiros meses a taxa mensal de R$70 que deverá ser paga pelos motociclistas será isenta para que eles possam receber tanto as chamadas das corridas para transporte de passageiros quanto para as entrega de mercadorias. “O aplicativo aceita a inscrição de condutores de ambos os sexos, com mais de 18 anos, habilitados na categoria A e que possuem motos em boas condições. Além disso, os candidatos a motociclistas do TMOVE passam por um rigoroso processo de análise e treinamento, com a verificação inclusive de antecedente criminal”, explica. Não haverá preço mínimo para o deslocamento. O site da empresa oferece informações adicionais: www.tmove.net.br.

Outra vantagem do serviço é a economia que o aplicativo vai gerar. Machado explica que o valor de uma corrida de um mesmo percurso que ficaria na média de R$22 de táxi e R$17 de Uber, de TMOVE vai ficar por volta de R$7. Em um momento de crise na mobilidade e na economia, o TMOVE une o útil ao agradável, sendo uma opção muito segura”, afirma. A empresa também vai fornecer tocas higiênicas descartáveis sem custo para os clientes. O transporte por Tuc Tuc pode levar até 3 pessoas e as entregas por moto com carretinha permite o transporte de mercadorias de até 200kg.

Em relação a segurança, a empresa já contratou uma seguradora para garantir a tranquilidade tanto dos clientes quanto dos motociclistas. “O seguro é para acidentes, morte ou invalidez permanente. Além disso, vamos orientar aos nossos motociclistas que o DPVAT dos veículos estejam pagos”, garante. Sobre a regulamentação do serviço, o sócio explica que outras cidades do país como São Paulo e Rio de Janeiro já contam com este tipo de serviço e que um mandado de segurança coletivo emitido pela 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte impede que a BHTrans, Guarda Municipal, Polícia Militar e Detran de coibir o uso de aplicativos de transporte individual de passageiros.