Hyundai HB20 também em versão turbo


(*) Por João Euclides Prata Salgado  
o editor viajou para São Paulo – SP –  a convite da Hyundai

São Paulo – SP  – Com o circuito de Interlagos na sua frente, os jornalistas convidados na ânsia de dirigir um Hyundai Turbo no templo da F1,  a Hyundai Motor Brasil apresentou a sua nova sensação;  o novo HB20 1.0 Turbo para a imprensa especializada.

Esta versão chega para ampliar a oferta de motores na família HB20, que atualmente conta com as versões aspiradas de 80 cv (1.0) e 128 cv (1.6). A versão com motor turbo tem 105 cv de potência máxima a 6.000 rpm e torque de 15,0 kgf.m disponível já a 1.550 rpm. Este  novo motor reúne alto desempenho, eficiência energética e conforto para transportar até cinco ocupantes e suas bagagens confortavelmente sem aqueles “trancos habituais dos carros turbo”.
O HB20 1.0 Turbo é 31% mais potente e tem 47% mais torque quando comparado ao HB20 1.0 aspirado. Em performance, isso se traduz em velocidade máxima de 182 km/h para o hatch, uma significativa diferença de 13%. Ele faz  de 0 a 100 km/h em 11,2 segundos, 23% mais rápida; e retomadas de 60 a 100 km/h e de 80 a 120 km/h mais curtas, em 24% e 30% do tempo, respectivamente. Para o sedã, a velocidade máxima passa a 183 km/h e os dados de aceleração e retomada são similares aos do hatch.
Primeiro turbo com tecnologia flex de combustível da Hyundai no mundo, o propulsor está disponível tanto para hatch como sedã, nas configurações Comfort Plus e Comfort Style. Seguindo o conceito de downsizing, ele garante desempenho equivalente a motores de deslocamento maior – 1.4, 1.5 e, em alguns casos, até mesmo 1.6 – com consumo de combustível mais eficaz.
Assim como na versão 1.0 aspirada, o motor Hyundai Kappa 1.0 Turbo tem 3 cilindros em linha, 12 válvulas, e bloco e cabeçote em alumínio. O comando de válvulas é duplo no cabeçote e variável na admissão – DOHC e CVVT –, sendo controlado por corrente, e o virabrequim está desalinhado em relação aos cilindros, reduzindo o atrito dos pistões em movimento e o consumo de combustível.
O turbo
O novo motor Kappa 1.0 Turbo traz um turbocompressor de geometria fixa, com baixa inércia e turbina de apenas 34 mm de diâmetro. Feita de liga de níquel, essa turbina garante ótimo desempenho mesmo em altas temperaturas, com rotação máxima de 280.000 rpm. Seu regime normal de trabalho é de até 230.000 rpm e 1,9 bar, ou seja, 0,9 bar de pressão adicional acima da pressão atmosférica ao nível do mar.
A válvula de alívio da turbina, também chamada de válvula de controle de pressão, e a válvula de alívio do compressor são variáveis e controladas eletronicamente, o que garante um funcionamento suave ao motor, que sobe de rotação de maneira constante, sem trancos ou solavancos. A primeira despeja os gases do escapamento não utilizados no turbo diretamente no catalisador e funciona totalmente aberta em situações de baixa carga para reduzir consumo de combustível e emissão de poluentes. A segunda controla a pressão do ar comprimido, direcionando o excesso de pressão para o filtro de ar.
Outro detalhe importante é que a turbina está fixada diretamente no cabeçote do motor, diminuindo consideravelmente o tempo de enchimento do turbocompressor (turbo lag) e fazendo com que os gases cheguem rapidamente ao catalisador, localizado logo após a saída da turbina. O arrefecimento da turbina é feito por uma nova galeria de óleo exclusiva e um intercooler tipo ar-ar de alta eficiência. Um novo filtro de ar, maior, foi adotado em função do aumento da massa de ar admitida no motor. O sistema de alimentação de combustível também é mais potente: a pressão de alimentação passa de 3,5 para 3,8 bar e os bicos injetores são de maior vazão, adotando agora 10 furos.
O óleo do motor muda de especificação e passa a ser ACEA A5, próprio para aplicações em temperaturas elevadas. O volume de óleo aumenta em relação ao 1.0 aspirado, de 2,9l para 3,5l, e o motor utiliza uma nova bomba de óleo de dois estágios, reduzindo o consumo de combustível.
Um novo cabeçote, agora com taxa de compressão de 9,5:1 (contra 12,5:1 no aspirado, redução de 24%), permite aproveitar melhor o ar que chega comprimido.
As velas de ignição são mais longas e há uma nova bomba de vácuo mecânica para acionar o servofreio, ativada diretamente pelo comando de válvulas.
O motor turbo adota novos coxins, maiores e mais resistentes, para lidar com o torque quase 50% maior. As bielas e as bronzinas também são novas e reforçadas, assim como as capas dos mancais do comando de válvulas.
Câmbio de 6 marchas
Para a versão turbo, a transmissão manual passa a ser de seis velocidades e não mais cinco. As primeiras marchas são mais longas e o diferencial também foi alongado em 10% em relação ao motor 1.0 aspirado. A embreagem é mais robusta para lidar com o torque maior, tendo agora 215 mm de diâmetro contra os 180 mm anteriores.
Sem alterações estéticas, o novo HB20 1.0 Turbo é identificado pelo emblema “Turbo” na tampa do porta-malas.